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MUDANÇAS NA META: O que elas significam para Professores e Empreendedores do Ensino Online?

O que essas mudanças significam na prática para quem empreende ensinando online e utiliza essas plataformas para divulgar seu trabalho?

Na terça-feira, 7 de janeiro, Mark Zuckerberg, CEO da Meta, anunciou mudanças significativas nas políticas das plataformas Facebook, Instagram, Threads e WhatsApp. Entre as alterações, destacam-se a substituição do programa de checagem de fatos por "notas comunitárias", a simplificação das regras de conteúdo e uma abordagem mais flexível para moderação. Segundo a Meta, essas mudanças visam promover a liberdade de expressão e já estão gerando debates fervorosos.

Sem alarmismo, mas sem fechar os olhos para a situação, nós precisamos procurar entender essas mudanças e como elas podem modificar nossas interações nas redes sociais.

Mas o que essas mudanças significam na prática para quem empreende ensinando online e utiliza essas plataformas para divulgar seu trabalho? Vamos explorar os impactos e refletir sobre como essas políticas podem moldar o futuro dos negócios educacionais online.

Neste artigo, não abordarei questões políticas e sociais para me concentrar em como essas mudanças podem impactar o nosso trabalho online. Contudo, como educadores e cidadãos, devemos também refletir sobre esses pontos, não é mesmo?

Vamos começar com um resumo das principais mudanças, que inicialmente serão aplicadas nos Estados Unidos e, provavelmente, no resto do mundo.

   

Principais mudanças no Instagram, Facebook e Threads

Entre as mudanças anunciadas, três têm o potencial de influenciar diretamente o nosso trabalho online e nossas interações nas redes sociais:

1. Notas Comunitárias em substituição à checagem de fatos

O programa de checagem de fatos, que até então era realizado por agências especializadas para verificar a veracidade de informações compartilhadas nas plataformas, será substituído por notas comunitárias. Essa funcionalidade, inicialmente aplicada no Twitter (agora chamado X), permite que os usuários adicionem contextos ou informações adicionais às postagens.

No seu vídeo, Mark Zuckerberg diz que “vai se livrar dos fact-checkers” – jornalistas dedicados ao combate à desinformação, alegando a existência de vieses políticos e afirmando que sem eles, haverá mais liberdade de expressão na rede.

No Brasil, o Estadão Verifica é um desses parceiros no combate à desinformação e explica que

Fact-checking não é censura é uma atividade jornalística que agrega contexto e explica por que determinadas alegações são falsas ou parcialmente falsas. Não são os fact-checkers quem decidem se determinada postagem, classificada como falsa, deve ser “censurada” – é o próprio Facebook.

Embora a medida seja justificada como uma forma de democratizar a verificação de informações, visto que ela será feita pelos próprios usuários das redes, especialistas alertam para a possibilidade de interpretações errôneas e manipulações, especialmente em temas sensíveis como educação, ciência e saúde.

2. Simplificação das Regras de Conteúdo

A Meta decidiu simplificar suas políticas de conteúdo em plataformas como Facebook, Instagram e Threads. A proposta é reduzir restrições em temas sensíveis, como imigração e gênero, buscando criar um ambiente mais alinhado às discussões sociais atuais e promovendo maior inclusão.

De acordo com Zuckerberg, as antigas políticas, embora concebidas para fomentar diversidade e respeito, acabaram sendo usadas para limitar opiniões e excluir vozes que desafiam o consenso considerado "mainstream". Isso gerou, ao longo do tempo, uma sensação de alienação em muitos usuários.

Para os criadores de conteúdo educacional, essa simplificação pode trazer benefícios ao diminuir o risco de punições injustas por conteúdos que abordem temas complexos. No entanto, é essencial observar como essa flexibilização será aplicada, pois ela também pode abrir espaço para discursos que potencialmente causem danos.

3. Reformulação nos Sistemas de Moderação

Ainda em nome da liberdade de expressão, a Meta vai simplificar o sistema de moderação de conteúdo, diminuindo (ou excluindo?) os filtros automáticos que cometiam erros frequentes de interpretação de contexto, removendo milhões de conteúdos que, na verdade, não violavam as políticas de uso da plataforma. Quem nunca teve ou ouviu falar de uma foto ou post que foi removido indevidamente por causa de uma má interpretação desses filtros?

As plataformas passarão a adotar uma postura mais branda em relação à moderação de conteúdo, com menor frequência de remoções e maior ênfase em rótulos ou alertas sobre postagens questionáveis. A Meta argumenta que isso protegerá a diversidade de opiniões, focando em violações graves e ilegais, assim como humanizando a moderação ao deixar para os usuários a responsabilidade de denunciar conteúdos indevidos. Porém, a falta de remoções pode resultar em um ambiente mais ruidoso, dificultando que conteúdos educativos relevantes se destaquem em meio às informações de baixa qualidade.

   

Como podemos notar, todas essas mudanças são dignas de discussão e atenção por parte de todos nós, pois elas exigem um alto nível de maturidade digital e de educação midiática.

Será que estamos preparados para essas mudanças?

   

Impactos para Professores e Empreendedores do Ensino Online

As mudanças anunciadas pelo CEO da Meta trazem grandes desafios, mas também oportunidades para quem empreende no ensino online. De imediato, vejo mais desafios do que oportunidades, mas, como uma “realista otimista” (como diria Ariano Suassuna), vou começar destacando as oportunidades.

   

Oportunidades: um novo espaço para Criatividade e Inovação?

As regras mais flexíveis oferecem maior liberdade para explorar conteúdos criativos e inovadores. Educadores podem criar materiais que antes poderiam ser erroneamente restringidos, como temas sensíveis, abordagens críticas ou experimentações pedagógicas.

Além disso, as notas comunitárias, se bem aplicadas, podem enriquecer discussões em torno de conteúdos educacionais, proporcionando perspectivas variadas, interação e colaboração na construção de uma inteligência coletiva.

Entre as oportunidades para Professores Empreendedores podemos prever:

  • Diversificação de assuntos: a flexibilização das regras abre espaço para conteúdos antes considerados sensíveis, permitindo explorar novos temas e perspectivas.
  • Engajamento ampliado: com a simplificação das regras de conteúdo, há potencial para alcançar públicos mais amplos e diversos, o que pode aumentar o impacto do trabalho.
  • Uso estratégico das Notas Comunitárias: professores podem participar ativamente no sistema de notas comunitárias, ajudando a validar informações ou fornecendo contexto adicional em temas de sua expertise, o que pode fortalecer sua autoridade na área.

   

Desafios: Credibilidade e Concorrência em Xeque

A ausência de checagem profissional pode colocar em risco a credibilidade de conteúdos educacionais. Em um ambiente com maior volume de informações questionáveis, os educadores precisarão redobrar seus esforços para provar que são uma fonte confiável.

Ademais, a maior permissividade na moderação pode gerar um aumento na concorrência por visibilidade, já que o algoritmo será inundado com conteúdos de diferentes tipos e níveis de qualidade. Isso exige um planejamento estratégico para manter o alcance e o engajamento.

Além disso, se Facebook, Instagram e Treads adotarem as mesmas práticas do X (antigo Twitter), será que nosso público ainda estará presente nesse ambiente?

Acredito que esta seja uma questão central para todos os professores e empreendedores que usam essas redes sociais para divulgar seu trabalho e manter contato com seus clientes e alunos.

Entre os Desafios e Pontos de Atenção, podemos observar:

  1. Risco de Desinformação: A descentralização na validação de informações pode levar à disseminação de dados imprecisos ou enviesados, prejudicando criadores que dependem da confiabilidade.
  2. Concorrência Aumentada: A maior flexibilidade pode trazer um aumento de conteúdos na plataforma, dificultando a diferenciação e a captação de público-alvo.
  3. Ambiguidade nas Regras: A simplificação pode gerar confusão sobre o que é ou não permitido, aumentando o risco de penalizações inesperadas.

     

Recomendações Práticas 

Dentro deste contexto, acredito que seja útil relembrar a necessidade de:

  1. Fortalecer sua marca pessoal. Invista na criação de uma marca pessoal sólida para que seu público reconheça e confie no seu trabalho, dentro e fora das redes.
  2. Diversificar os canais de comunicação. Não dependa exclusivamente de uma rede social. Explore canais como YouTube, LinkedIn, e-mail marketing e comunidades fechadas.
  3. Produzir conteúdo de qualidade e confiável. Baseie-se em fontes sólidas e estimule o pensamento crítico, criando um diferencial em meio ao excesso de informações.
  4. Monitorar as mudanças constantemente. Conecte-se com fontes sérias e comprometidas com a produção de conteúdo. Assim, você poderá acompanhar as tendências e se preparar para os desafios.


Para continuar pensando:

As mudanças na Meta representam um cenário de transição no ambiente digital, com riscos e oportunidades coexistindo. Para professores e empreendedores do ensino online, o momento pede estratégia, criatividade e resiliência.

Cabe a cada profissional adaptar-se de forma estratégica, equilibrando criatividade e responsabilidade ao usar essas plataformas. Afinal, ensinar online não é apenas compartilhar conhecimento — é construir pontes em um mundo cada vez mais conectado.

E você? Como essas mudanças impactam seu trabalho? Vamos continuar essa conversa! Deixe seu comentário no Instagram ou no LinkedIn e compartilhe sua experiência.

Categorias: : Cultura Digital, Empreendedorismo Digital, Ensino Digital, Facebook, Instagram, Marketing Digital, redes sociais

Olá! Eu sou a Leila: uma professora que se tornou empreendedora para poder romper as barreiras da sua sala de aula e ensinar online, sem fronteiras e sem mistérios. Eu empreendo ensinando a ensinar e a empreender online e já conto com mais de 80 mil alunos pelo mundo. Para mim, empreender é verbo, ensino-aprendizagem é palavra composta e ensinar é acreditar em um mundo melhor! Se você quer aprender, empreender, ensinar e crescer no digital, conte comigo! 

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